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quinta-feira, 18 de março de 2010

Saudade

Não tinha idéia de como aquilo seria estranho pra mim, desde o acontecimento eu havia evitado aquele lugar, não as pessoas dele, mas o lugar em si, que me trazia tantas lembranças!

Chegando em frente notei uma coisa... a pintura havia mudado, não era mais aquela casa cinza melancólica...agora estava verde, um verde musgo, que me lembrou aquelas casas velhas dos filmes!

Vovó havia ficado hiper feliz ao saber que eu ia lá. Ela mal sabia o quanto aquilo me machucava,encarar meu passado...

A sala estava intacta! Bem, talvez não, estava faltando algo... ou melhor alguém. Só restava uma cadeira de balanço... nenhum cheiro, nenhuma música...nada.
Fora aquilo, a casa me parecia a mesma! O mesmo quintal onde nós brincavamos, a mesma cama onde me colocava para dormir...até o mesmo brinquedo, uma vaquinha daquelas que quando a gente mexe na base dela ela 'dança' !

Só havia algo novo... um retrato para ser mais exata! Sua foto, bem grande, na parede branca da sala de jantar.

Naquela época estava bem novo e sério por ser uma foto de época, pois tenho certeza de que ele sorriria,se pudesse...e minha avó ao seu lado, uma linda jovem! Os dois com espressões tranquilas, muitos sonhos pra viver... ah, viver! Estavam sem rugas... rugas que apareceram como marcas do tempo, junto com as doênças, parkinson e alzheimer!
Como aqueles meses anteriores haviam sido tristes. Mas nada mais triste do que o vazio que restou...

Olhando aquela foto, lágrimas brotaram de meus olhos, lagrimas de saudade e por um lado alegria, pois ele estava num lugar melhor...longe de mim! Mas eu não podia chorar, se eu chorasse vovó veria, e dai começaria um chororo sem fim!Então sequei minhas lagrimas, e deixei os adultos ali, conversando na sala!

Dirigi-me ao quarto e lá, deitei-me naquela cama, inundada pelas minha lembranças! E sentindo seu cheiro ainda nos lençóis da cama, deixei-me viajar para junto dele, para perto de quem eu havia fujido por meses!

No dia seguinte fui ao cimitério escondidada de mamãe, ela não podia saber daquilo... só pioraria a dor que ela ainda sentia! Quando cheguei estava chovendo, e a chuva se misturava com as minhas lagrimas que insistiam em cair... talvez fosse ele chorando comigo lá em cima!

Sentei-me perto de sua lápide e rezei, rezei para que estivese bem, já que não podia estar comigo. Mas não pude me demorar, e com um sussuro que o vento levou para longe, me despedi de quem eu amava:
-Adeus vovô...

eitaa, faz um tempão que eu não posto ein? poisé! agora meu blog não vai ser só de histórinha, também vai ser uma especie de diário meu!(de que importa, ninguem lê mesmo!nemligobeijosmeliga;**)então... espero que alguem goste! *--*